Informativo

COVID-19


Orientações para Escolas

Tempo de leitura: 14 minutos

Atualização: setembro/2024

DEFINIÇÃO

O coronavírus continua circulando ao longo de todo o ano em diferentes partes do mundo e é responsável por cerca de 17% a 30% dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), dependendo da época, de acordo com o boletim do Infogripe.


A COVID-19 permanece uma doença preocupante, especialmente para grupos mais vulneráveis, como idosos e pessoas com comorbidades, devido ao risco de complicações graves. Por isso, é essencial manter as medidas de prevenção, como a vacinação atualizada, além de seguir os cuidados aprendidos durante a pandemia, como higienização das mãos e uso de máscaras em situações de risco.

TRANSMISSÃO

👃 Inalação de gotículas e aerossóis: Pequenas partículas, liberadas no ar através da tosse, espirro ou até mesmo durante a fala, podem ser inaladas por pessoas próximas, o que facilita a transmissão do vírus, especialmente em ambientes fechados e com pouca ventilação.


🖐️ Contato com secreções: Tocar o muco do nariz ou escarro de uma pessoa infectada e depois levar as mãos aos olhos, nariz ou boca pode resultar em infecção.


🖐️ Contato com objetos contaminados: O vírus também pode ser transmitido ao tocar em objetos contaminados, como brinquedos, maçanetas ou móveis, e depois levar as mãos à boca, especialmente se houver saliva ou outras secreções infectadas nesses objetos.


📋 PERÍODO DE TRANSMISSÃO

🔸Período de incubação:

Varia entre 3 a 5 dias. Esse é o intervalo entre o momento do contato com a pessoa infectada e o surgimento dos primeiros sintomas.


🔸Período de transmissão:

Pessoas infectadas com o SARS-CoV-2 podem transmitir o vírus, independentemente de estarem vacinadas ou não, e isso pode ocorrer mesmo que elas não apresentem sintomas (assintomáticas), estejam prestes a desenvolver sintomas (pré-sintomáticas) ou já estejam com sintomas.


O pico de transmissibilidade geralmente acontece nos dias anteriores ao aparecimento dos primeiros sintomas e pode continuar por alguns dias após. No entanto, a maioria das pessoas deixa de transmitir o vírus cerca de 10 dias após a infecção.


📋 PERÍODO DE ISOLAMENTO

No Brasil, o isolamento para casos confirmados de COVID-19 continua sendo recomendado. A diretriz mais recente foi publicada em 2023 e permanece em vigor. Em 2024, a FIOCRUZ divulgou novas orientações sobre o isolamento, que pode variar de 5 a 10 dias, dependendo do quadro clínico:


Para pessoas assintomáticas:

🔸Isolamento de 5 dias.

🔸O "dia zero" corresponde ao dia em que o teste foi realizado.

🔸O isolamento pode ser encerrado no 5º dia completo, desde que a pessoa continue sem sintomas.



Para pessoas com sintomas:

🔸Isolamento de 5 dias.

🔸O "dia zero" é considerado o primeiro dia de sintomas.

🔸O isolamento pode ser encerrado no 5º dia completo, se a pessoa estiver em bom estado geral e sem febre por pelo menos 24 horas, sem o uso de medicamentos antitérmicos.



Se os sintomas não melhorarem:

🔸O isolamento deve ser estendido para 10 dias, especialmente se houver dificuldade para respirar, sistema imunológico enfraquecido ou hospitalização.



Para quem não realizou teste:

🔸O isolamento recomendado é de 7 dias.

🔸O encerramento pode ocorrer no 7º dia, sem a necessidade de teste, desde que a pessoa esteja em boas condições gerais e sem febre por 24 horas, sem o uso de medicamentos para controlar a febre.



Nos Estados Unidos:

As orientações do CDC (atualizadas em março de 2024) recomendam que pessoas com teste positivo para COVID-19 podem encerrar o isolamento após 24 horas sem febre, sem uso de medicamentos, e em bom estado geral. No entanto, o uso de máscaras deve ser mantido por 5 dias após o fim do isolamento para reduzir o risco de transmissão.

SINAIS E SINTOMAS

Os sintomas mais comuns da COVID-19 incluem:

🔸Febre

🔸Tosse

🔸Falta de ar

🔸Fadiga

🔸Dor de cabeça

🔸Dores musculares (mialgia)



Algumas pessoas também podem apresentar sintomas gastrointestinais, como:

🔸Náusea

🔸Vômito

🔸Diarreia


Os sintomas gastrointestinais podem surgir antes do aparecimento da febre ou de sinais respiratórios mais graves. Além disso, a perda de olfato e paladar pode ocorrer, embora esses sintomas sejam menos frequentes desde o início da circulação da variante Ômicron.


É importante lembrar que tanto pessoas vacinadas quanto aquelas que já tiveram COVID-19 anteriormente podem ser infectadas pelo SARS-CoV-2, apresentando ou não sintomas (assintomáticas ou sintomáticas).



Estudos também relatam sintomas oculares associados à infecção por SARS-CoV-2, como:

🔸Vermelhidão

🔸Lacrimejamento

🔸Olho seco ou sensação de corpo estranho

🔸Aumento de secreções oculares

🔸Coceira ou dor nos olhos



Além disso, manifestações dermatológicas foram observadas em alguns casos de COVID-19, podendo estar relacionadas à gravidade da doença. A relação entre essas manifestações cutâneas e outros sintomas varia de pessoa para pessoa. A Academia Americana de Dermatologia disponibiliza imagens de achados cutâneos associados à COVID-19 para consulta, acesse aqui.


📋 GRUPOS DE PESSOAS VULNERÁVEIS

🔸Pessoas com mais de 65 anos

🔸Sistema imunológico enfraquecido

🔸Doenças crônicas como DPOC, doença renal e hepática crônica

🔸Doenças neurológicas

🔸Diabetes

🔸Doenças cardíacas

🔸Obesidade

🔸Gravidez (até 42 dias após o parto)

VACINAÇÃO

A vacinação contra a COVID-19 é fundamental para prevenir as formas graves da doença e deve ser priorizada para os grupos de risco e para pessoas que ainda não completaram o esquema primário de vacinação.


De acordo com a Estratégia de Vacinação contra a Covid-19 em 2024, os esquemas primários de vacinação não são mais recomendados rotineiramente para pessoas com 5 anos de idade ou mais que não fizerem parte do grupo prioritário. Contudo, se a pessoa não tiver se vacinado anteriormente e optar por se vacinar poderá receber uma dose da vacina COVID-19 monovalente (XBB), e crianças completamente vacinadas (três doses) anteriormente com outras vacinas contra covid-19 podem receber mais uma dose da vacina monovalente XBB.


As recomendações atuais para imunização contra a covid-19 no País são estabelecidas de acordo com as faixas etárias, os imunizantes disponíveis, as recomendações dos fabricantes e os resultados de estudos nacionais e internacionais.


📋 GRUPOS PRIORITÁRIOS PARA VACINAÇÃO

🔸Pessoas com 60 anos ou mais

🔸Pessoas vivendo em instituições de longa permanência (ILPI e RI) e seus trabalhadores

🔸Pessoas imunocomprometidas

🔸Indígenas vivendo em terra indígena

🔸Ribeirinhos

🔸Quilombolas

🔸Gestantes e puérperas

🔸Trabalhadores de Saúde

🔸Pessoas com deficiência permanente

🔸Pessoas com comorbidades

🔸Pessoas privadas de liberdade (≥ 18 anos)

🔸Funcionários do sistema de privação de liberdade

🔸Adolescentes e jovens cumprindo medidas socioeducativas

🔸Pessoas em situação de rua

🏠 O QUE A FAMÍLIA PODE FAZER?


🔸Se houver suspeita de COVID-19: é importante buscar atendimento médico para avaliação, realização do teste e seguir as orientações de isolamento.


🔸Não envie à escola estudantes que apresentem: mal-estar geral, febre, vômitos, diarreia ou qualquer outro sintoma que dificulte sua alimentação, hidratação ou participação nas atividades pedagógicas. Nesses casos, é essencial procurar o serviço de saúde para uma avaliação adequada.


🔸Higienização das mãos: deve ser intensificada por todos os membros da família, pois a principal forma de transmissão de doenças ocorre através do contato com as mãos.


🔸Evite ambientes fechados: e aglomerados se algum membro da família estiver com sintomas, para reduzir o risco de transmissão.


🔸Assegure que as unhas das crianças: estejam limpas e aparadas, ajudando a evitar o acúmulo de sujeira e a propagação de germes.


🔸Ensine e incentive a prática da etiqueta respiratória: cobrir a boca e o nariz com a mão ou cotovelo ao espirrar ou tossir, lavar as mãos imediatamente após e evitar tocar os olhos, boca e nariz.


🔸Sempre que houver suspeita ou confirmação de uma doença: comunique a escola para que possam ser adotadas medidas preventivas.


🔸Caso o estudante apresente febre ou mal-estar geral na escola: é fundamental buscá-lo prontamente. Para garantir um ambiente escolar saudável, é importante que os estudantes estejam em boas condições de saúde para participar das atividades.


🔸Manter a vacinação contra a COVID-19 em dia: continua sendo a medida mais eficaz para evitar formas graves da doença e proteger a saúde de todos.


📋 QUANDO O CASO FOR CONFIRMADO COM SEU FILHO:

🔸Isolamento: Siga as recomendações de isolamento de acordo com o período estabelecido pelas autoridades de saúde no Brasil.


🔸Uso de máscaras: Utilize máscaras de boa qualidade por um período de 10 dias para proteger outras pessoas, especialmente em ambientes fechados ou ao sair de casa.


🔸Evitar frequentar alguns locais: Evite locais com aglomerações, ambientes com pessoas imunocomprometidas, viagens ou locais onde o uso de máscaras não seja viável.


🔸Melhorar a ventilação: Mantenha a ventilação adequada em casa, abrindo janelas e portas, sempre que possível, para melhorar a circulação do ar.


🔸Seguir orientações da equipe de saúde: Garanta boa hidratação, alimentação adequada e siga rigorosamente o uso dos medicamentos prescritos pelo profissional de saúde.

🏫 O QUE A ESCOLA PODE FAZER?


👉 Revisa os processos de cuidado às crianças em conjunto com a equipe.


👉 Intensifica as orientações para a correta higienização das mãos por todos, educando para a prevenção.


👉 Intensifica a limpeza dos brinquedos e superfícies de alto contato, minimizando o risco de transmissão de vírus.


👉 Mantém as janelas abertas e prioriza atividades ao ar livre para melhorar a ventilação e reduzir o risco de contágio.


👉 Escalona as atividades nos diferentes espaços, evitando aglomerações dos estudantes.


👉 Identifica estudantes sintomáticos e solicita sua retirada imediata.


👉 Incentiva o uso de garrafinhas individuais e desativa bebedouros com disparo direto à boca, promovendo hábitos mais seguros.


👉 Orienta para que não haja compartilhamento de objetos entre os estudantes, prevenindo a disseminação de doenças.


👉 Se reúne periodicamente para planejar e ajustar as medidas de prevenção conforme necessário.


👉 Incentiva a prática de etiqueta respiratória, como cobrir a boca e o nariz com as mãos ou cotovelo ao tossir e espirrar, lavar as mãos logo após e evitar o contato com os olhos, boca e nariz.


👉 Comunica às autoridades de saúde, como a UBS, os casos confirmados, especialmente quando atingem mais de 10% de uma mesma turma, e monitora os casos suspeitos para controle da disseminação.


👉 Solicita a cópia da caderneta de vacinação dos estudantes e da equipe escolar para documentar a atualização das vacinas.


👉 Incentiva as campanhas de vacinação junto à comunidade escolar, promovendo a adesão às medidas de proteção.


👉 Autoriza o retorno às atividades escolares dos estudantes que estejam em boas condições de saúde, sem febre há pelo menos 24 horas (sem o uso de medicamentos) e que tenham cumprido o período de isolamento definido pelo serviço de saúde.

Com a colaboração de todos, é possível garantir um ambiente escolar mais saudável e promotor de bem-estar para toda a comunidade!

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