Informativo

ESCARLATINA


Orientações para Escolas

Tempo de leitura: 9 minutos

Atualização: outubro/2024

DEFINIÇÃO

A escarlatina é uma doença infecciosa transmitida por uma bactéria conhecida como estreptococo beta-hemolítico do grupo A, cujo nome científico é Streptococcus pyogenes. Ela está frequentemente associada à faringite bacteriana, principalmente em crianças e adolescentes.


Embora a maioria das pessoas que contrai essa infecção não desenvolva escarlatina, cerca de 10% são sensíveis às toxinas liberadas pela bactéria. Nessas pessoas, ocorre uma reação inflamatória ou alérgica, caracterizada pelo aparecimento de manchas vermelhas intensas (de cor vermelho-escarlate) por todo o corpo, o que dá origem ao nome da doença.

TRANSMISSÃO

👃 Inalação de gotículas: Pequenas gotículas liberadas no ar durante a tosse ou espirro podem ser inaladas por pessoas próximas, facilitando a transmissão, especialmente em ambientes fechados.


🖐️ Contato com secreções: Tocar o muco do nariz ou escarro de uma pessoa infectada e depois levar as mãos aos olhos, nariz ou boca pode resultar em infecção.


🖐️ Contato com objetos contaminados: O vírus também pode ser transmitido ao tocar em objetos contaminados, como brinquedos, maçanetas ou móveis, e depois levar as mãos à boca, especialmente se houver saliva ou outras secreções infectadas nesses objetos.

🔸 PERÍODO DE TRANSMISSÃO

🔸Período de incubação:

Varia entre 2 a 5 dias. Esse é o intervalo entre o momento do contato com a pessoa infectada e o surgimento dos primeiros sintomas.


🔸Período de transmissão:

  • Casos não tratados: A pessoa pode continuar a transmitir a bactéria por 1 a 2 semanas após o início dos sintomas.
  • Casos tratados com antibiótico: A infecção deixa de ser contagiosa após 24 horas do início do tratamento adequado com antibióticos.

SINAIS E SINTOMAS

Os sintomas costumam surgir entre 2 a 5 dias após a exposição e geralmente melhoram em até 5 dias.


🔸Febre alta (acima de 38,2°C)

🔸Calafrios

🔸Dor de garganta e dificuldade para engolir

🔸Mal-estar geral

🔸Falta de apetite

🔸Dores de cabeça e dores no corpo

🔸Desconforto no estômago

🔸Náuseas e vômitos

🔸Aumento dos gânglios no pescoço

🔸 SINAIS FÍSICOS VISÍVEIS NA LÍNGUA, GARGANTA E PESCOÇO:

🔸Vermelhidão intensa nas áreas de dobras, como axilas e virilhas.


🔸Língua com aspecto de morango: as papilas da língua incham, tornando-se vermelho-arroxeadas. Inicialmente, a língua pode aparecer com uma camada branca (saburra), mas logo evolui para o aspecto de "língua de framboesa".


🔸Erupção cutânea avermelhada: aparecem pequenas manchas escarlates, com textura áspera, inicialmente no tronco e pescoço, podendo se espalhar para o rosto, braços, pernas, axilas e virilhas, dando à pele um aspecto de "lixa".


🔸As bochechas podem parecer coradas (avermelhadas), mas com uma palidez ao redor da boca.


A erupção cutânea causada pela escarlatina tende a desaparecer em cerca de 7 dias. Quando começa a desaparecer, a pele pode descamar nas áreas afetadas, incluindo face, pescoço, tronco, região das virilhas e extremidades, como mãos e pés, e essa descamação pode durar várias semanas. As mãos e os pés são as últimas partes a descamar e o fazem de maneira mais intensa.


Na face, também são observadas lesões puntiformes, com testa e bochechas avermelhadas, contrastando com a palidez ao redor da boca. Embora incomuns, alguns pacientes relatam coceiras associadas à erupção.

🏠 O QUE A FAMÍLIA PODE FAZER?

🔸Se houver suspeita de escarlatina: Em caso de suspeita de escarlatina, é importante procurar atendimento médico para uma avaliação detalhada. Se o seu filho apresentar dor de garganta e febre, sem os sintomas típicos de infecção viral, como coriza ou tosse, o médico ou enfermeiro poderá coletar uma amostra da garganta com um cotonete. Esse procedimento é utilizado para detectar a presença da bactéria estreptococo do grupo A. O exame é essencial para um diagnóstico preciso, permitindo que o tratamento adequado seja iniciado o mais rápido possível.


🔸Não enviar à escola estudantes com sintomas: de mal-estar geral, como febre, vômitos, diarreia, dor de garganta, manchas vermelhas no corpo ou qualquer outro sintoma que dificulte o aluno a se alimentar, hidratar-se ou participar das atividades escolares. Nestes casos, é fundamental buscar atendimento médico.


🔸Intensificar a higienização das mãos para toda a família: A principal via de transmissão de doenças como a escarlatina é pelas mãos. Lavar as mãos frequentemente é essencial para evitar o contágio.


🔸Evitar locais aglomerados e ambientes fechados quando houver alguém com sintomas na família.


🔸Assegurar que as unhas das crianças estejam limpas e aparadas, evitando que o acúmulo de sujeira facilite a transmissão de doenças.


🔸Ensinar a etiqueta respiratória às crianças: Incentive a cobrir a boca e o nariz com as mãos ou cotovelo ao tossir e espirrar, lavar as mãos logo após e evitar o contato com os olhos, boca e nariz.


🔸Informar à escola sobre qualquer suspeita: ou confirmação de doença para que sejam tomadas medidas preventivas de maneira rápida e eficaz.


🔸Buscar imediatamente o estudante que apresentar: febre ou mal-estar na escola, para que ele possa ser cuidado e, assim, evitar o contágio de outras crianças. Isso também garante que o ambiente escolar continue saudável para todos.

🔸 QUANDO O CASO FOR CONFIRMADO NO SEU FILHO:

🔸Administrar o antibiótico conforme a prescrição médica, respeitando os horários indicados.


🔸Manter o estudante em casa até que ele esteja em boas condições gerais de saúde, sem febre há pelo menos 24 horas (sem o uso de medicamentos) e tenha tomado o antibiótico por no mínimo 24 horas.


🔸Oferecer alimentos pastosos, como purês e mingaus, que são mais fáceis de engolir e ajudam a aliviar o desconforto ao se alimentar durante o período de recuperação.

🏫 O QUE A ESCOLA PODE FAZER?

👉 Revisa os processos de cuidado às crianças em conjunto com a equipe.


👉 Intensifica as orientações para a correta higienização das mãos por todos, educando para a prevenção.


👉 Intensifica a limpeza dos brinquedos e superfícies de alto contato, minimizando o risco de transmissão de vírus.


👉 Mantém as janelas abertas e prioriza atividades ao ar livre para melhorar a ventilação e reduzir o risco de contágio.


👉 Escalona as atividades nos diferentes espaços, evitando aglomerações dos estudantes..


👉 Identifica estudantes sintomáticos e solicita sua retirada imediata.


👉 Incentiva o uso de garrafinhas individuais e desativa bebedouros com disparo direto à boca, promovendo hábitos mais seguros.


👉 Orienta para que não haja compartilhamento de objetos entre os estudantes, prevenindo a disseminação de doenças.


👉 Se reúne periodicamente para planejar e ajustar as medidas de prevenção conforme necessário.


👉 Incentiva a prática de etiqueta respiratória, como cobrir a boca e o nariz com as mãos ou cotovelo ao tossir e espirrar, lavar as mãos logo após e evitar o contato com os olhos, boca e nariz.


👉 Autoriza o retorno às atividades escolares dos estudantes em boas condições gerais de saúde, sem febre há pelo menos 24 horas (sem o uso de medicamentos) e tenha tomado o antibiótico por no mínimo 24 horas.


👉 Comunica às autoridades de saúde, como a UBS, os casos confirmados, especialmente quando atingem mais de 10% de uma mesma turma, e monitora os casos suspeitos para controle da disseminação.

Com a colaboração de todos, é possível garantir um ambiente escolar mais saudável e promotor de bem-estar para toda a comunidade!

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