Informativo

MÃO PÉ BOCA E HERPANGINA


Orientações para Escolas

Tempo de leitura: 11 minutos

Atualização: outubro/2024

DEFINIÇÃO

As doenças mão-pé-boca e herpangina são frequentes em bebês e crianças com menos de 10 anos. Elas são infecções causadas por enterovírus, que se localizam no intestino, sendo altamente contagiosas. Os vírus mais comuns associados a essas condições são o Coxsackievirus A16 e o enterovírus A71.


Essas doenças tendem a ocorrer principalmente durante o verão e o início do outono, apresentando características semelhantes a outras síndromes causadas por enterovírus. Entretanto, é possível que surjam casos esporádicos no inverno ou em períodos chuvosos.

TRANSMISSÃO

👃 Inalação de gotículas: A transmissão ocorre quando pequenas gotículas que contêm o vírus se espalham pelo ar durante tosse ou espirro, especialmente entre pessoas que estão próximas.


🖐️ Contato com fezes contaminadas: A transmissão pode ocorrer ao tocar nas fezes de uma pessoa infectada, como durante a troca de fraldas, e depois levar as mãos à boca.


🖐️ Contato com secreções: Tocar o muco do nariz ou escarro de uma pessoa infectada e depois levar as mãos aos olhos, nariz ou boca pode resultar em infecção.


🖐️ Contato com objetos contaminados: O vírus também pode ser transmitido ao tocar em objetos contaminados, como brinquedos, maçanetas ou móveis, e depois levar as mãos à boca, especialmente se houver saliva ou outras secreções infectadas nesses objetos.

🔸 PERÍODO DE TRANSMISSÃO

O período de incubação das doenças mão-pé-boca e herpangina geralmente varia entre 2 e 7 dias. A transmissão dessas doenças começa alguns dias antes do surgimento dos primeiros sinais e sintomas, sendo o risco de contágio maior durante a primeira semana de manifestação dos sintomas.


Mesmo após a recuperação clínica, o indivíduo ainda pode transmitir o vírus por meio das fezes por até 10 semanas e pela via respiratória por até 30 dias, o que exige atenção contínua para evitar a disseminação.

SINAIS E SINTOMAS

🔸Febre (38º - 39ºc)

🔸Alguns casos podem ocorrer sem febre

🔸Mal-estar

🔸Dor de garganta

🔸Falta de apetite

🔸Dor de cabeça

🔸Vômito

🔸Dor no abdome

🔸Diarreia

🔸Gânglios aumentados no pescoço

🔸Desidratação (boca seca e diminuição no volume de urina e para bebês menos de 6 trocas de fralda por dia, menos lágrimas ao chorar)

🔸As doenças mão-pé-boca e herpangina costumam provocar pequenas úlceras dolorosas dentro da boca, afetando a língua, a parte interna das bochechas e as gengivas. Essas lesões, que se assemelham a aftas, duram em média de 4 a 6 dias e podem causar falta de apetite (inapetência) e dor ao engolir.


🔸Além disso, surgem erupções de pequenas bolhas, geralmente nas palmas das mãos e nas plantas dos pés, mas que também podem aparecer nas nádegas e na região genital. Em alguns casos, essas bolhas podem causar coceira e durar de 7 a 10 dias. As bolhas podem ainda surgir em outras áreas, como joelhos e cotovelos.


🔸Essas erupções tendem a diminuir conforme a febre cede, o que geralmente ocorre entre o 5º e o 7º dia da doença. No entanto, as bolhas na região da boca podem persistir por até 4 semanas.


🔸Onicomadese, que é o descolamento das unhas a partir da base, pode ocorrer tanto nas mãos quanto nos pés, entre 3 a 8 semanas após a infecção aguda. Esse sintoma, embora incomum, pode ser uma consequência tardia da doença.

🏠 O QUE A FAMÍLIA PODE FAZER?

🔸 Evitar alimentos ácidos, temperados e quentes para não irritar as lesões na boca.


🔸 Oferecer alimentos pastosos como purês e mingaus, que são mais fáceis de engolir e menos dolorosos.


🔸 Bebidas frias, como sucos, água e chás, ajudam a manter a hidratação e, por estarem geladas, podem ser ingeridas com maior conforto devido às lesões bucais.


🔸 Nunca romper as bolhas das lesões para evitar infecções secundárias.


🔸 Manter a criança afastada da escola e de locais com aglomeração infantil durante o período de doença, para prevenir a transmissão para outras crianças.


🔸 Se possível, separar irmãos que dormem no mesmo quarto durante o tratamento, para reduzir o risco de contágio.


🔸 Intensificar a higienização de superfícies tocadas pelas crianças para minimizar a propagação do vírus entre os membros da casa.


🔸 Evitar beijos, abraços e o compartilhamento de objetos pessoais como copos e brinquedos com pessoas que possam estar infectadas.


🔸 Lavar as mãos das crianças regularmente, especialmente após trocas de fraldas, uso do banheiro e antes das refeições. Manter as unhas bem cortadas também ajuda na higiene.


🔸 Os responsáveis devem lavar as mãos após trocar fraldas e higienizar a superfície do trocador com água e sabão, para evitar a disseminação do vírus para outros objetos e áreas da casa.


🔸 Limpar os brinquedos utilizados pelas crianças com água e sabão, deixando-os secar ao ar livre para garantir uma limpeza adequada.

Confira uma live do Dr. Flávio Pediatra sobre o tema e os cuidados às crianças com este quadro infeccioso acesse aqui

🏫 O QUE A ESCOLA PODE FAZER?

👉 Revisa os processos de cuidado às crianças em conjunto com a equipe.


👉 Intensifica a higienização dos trocadores de fraldas e banheiros, garantindo um ambiente limpo e seguro.


👉 Intensifica as orientações para a correta higienização das mãos por todos, educando para a prevenção.


👉 Intensifica a limpeza dos brinquedos e superfícies de alto contato, minimizando o risco de transmissão de vírus.


👉 Mantém as janelas abertas e prioriza atividades ao ar livre para melhorar a ventilação e reduzir o risco de contágio.


👉 Escalona as atividades nos diferentes espaços, evitando aglomerações dos estudantes..


👉 Identifica estudantes sintomáticos e solicita sua retirada imediata.


👉 Incentiva o uso de garrafinhas individuais e desativa bebedouros com disparo direto à boca, promovendo hábitos mais seguros.


👉 Orienta para que não haja compartilhamento de objetos entre os estudantes, prevenindo a disseminação de doenças.


👉 Se reúne periodicamente para planejar e ajustar as medidas de prevenção conforme necessário.


👉 Incentiva a prática de etiqueta respiratória, como cobrir a boca e o nariz com as mãos ou cotovelo ao tossir e espirrar, lavar as mãos logo após e evitar o contato com os olhos, boca e nariz.


👉 Autoriza o retorno às atividades escolares dos estudantes diagnosticados com mão-pé-boca ou herpangina após 24 horas sem febre, sem uso de antitérmico e mediante atestado médico.


👉 Comunica às autoridades de saúde, como a UBS, os casos confirmados, especialmente quando atingem mais de 10% de uma mesma turma, e monitora os casos suspeitos para controle da disseminação.

Com a colaboração de todos, é possível garantir um ambiente escolar mais saudável e promotor de bem-estar para toda a comunidade!

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PRINCIPAIS REFERÊNCIAS

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