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PIOLHOS
Orientações para Escolas
Tempo de leitura: 19 minutos
Atualização: novembro/2024
Os piolhos, cientificamente denominados Pediculus humanus capitis, são insetos parasitas que dependem do sangue humano para sua subsistência. Esses parasitas encontram-se predominantemente na cabeça, podendo, em casos menos comuns, estar presentes nas sobrancelhas e nos cílios. Os piolhos adultos possuem tamanho entre 2 a 3 mm, comparável ao de uma semente de gergelim.
Essa infestação é caracterizada pela presença dos parasitas que se movem entre os fios de cabelo, embora não tenham a capacidade de voar ou pular. Visualmente, os piolhos podem ser identificados como pequenos pontos escuros em movimento.
🔸 ORIGEM DOS PIOLHOS
Os piolhos são insetos que surgiram na natureza há milhares de anos e hoje estão amplamente distribuídos pelo mundo. Existem cerca de 9.500 espécies conhecidas, divididas em quatro subordens: Amblycera, Ischnocera, Rhyncophthirina e Anoplura. A subordem Anoplura é composta por piolhos do tipo sugador, que se alimentam de sangue, enquanto as demais subordens são formadas por piolhos mastigadores, que se nutrem de restos de pele, ácaros e secreções.
Os piolhos sugadores possuem um mecanismo adaptado para a alimentação. Ao picarem a derme, eles injetam uma substância anticoagulante, que impede a coagulação do sangue e desencadeia uma reação alérgica no hospedeiro. Essa reação é manifestada principalmente sob a forma de coceira intensa, um dos sintomas característicos da pediculose.
Essa parasitose é comum e não discrimina entre classes socioeconômicas, afetando indivíduos de diferentes contextos. Crianças em idade escolar representam a população mais frequentemente acometida, o que torna a conscientização e as medidas preventivas essenciais para minimizar a transmissão e o impacto da pediculose.
Embora possam ser incômodos, os piolhos não transmitem doenças e, portanto, não representam um risco direto à saúde pública.
🔸 CARACTERÍSTICAS DO PIOLHO
O piolho adulto mede entre 2 a 3 mm de comprimento, sendo comparável em tamanho a uma semente de gergelim. Este inseto possui seis pernas e apresenta uma coloração que varia do branco ao acinzentado. A fêmea do piolho tem uma vida média de 3 a 4 semanas e, após atingir a maturidade, pode depositar até 10 ovos por dia. Esses ovos, conhecidos como lêndeas, são pequenos e estão firmemente aderidos à base da haste do cabelo, a cerca de 2 mm do couro cabeludo, por uma substância semelhante a cola que o próprio piolho produz.
A alimentação do piolho envolve a injeção de pequenas quantidades de saliva no couro cabeludo. Esta saliva possui propriedades vasodilatadoras e anticoagulantes, permitindo que o piolho sugue pequenas quantidades de sangue a cada poucas horas. A coceira característica da infestação por piolhos é resultado da sensibilização à saliva do parasita. Fora do couro cabeludo, os piolhos sobrevivem por um período máximo de um dia, e as lêndeas não conseguem eclodir em temperaturas mais baixas do que as próximas ao couro cabeludo humano.
Lêndeas de piolhos fixadas ao couro cabeludo
Fonte: National Geographic Brasil
Fêmea de Pediculus humanus capitis repleta de sangue (após se alimentar o piolho apresenta coloração mais escura)
Fonte: Wikimedia Commons
🔸 CICLO DE VIDA DO PIOLHO
Os ovos do piolho são incubados pelo calor do corpo humano e geralmente eclodem entre 8 a 9 dias após a oviposição. Esse período de eclosão pode variar de 7 a 12 dias, dependendo da temperatura ambiente, sendo mais rápido em climas quentes e mais lento em climas frios.
Uma vez que o ovo eclode, a ninfa – forma jovem do piolho – emerge e passa por três estágios de desenvolvimento nos 9 a 12 dias seguintes, até atingir a fase adulta. Uma fêmea adulta é capaz de acasalar e começar a botar ovos viáveis cerca de 1,5 dias após se tornar adulta. Sem tratamento, o ciclo de vida do piolho se repete aproximadamente a cada 3 semanas, perpetuando a infestação.
Ciclo de vida dos piolhos
Fonte: Kidsandnits Portugal
A pediculose apresenta como sintoma clássico o prurido, ou seja, coceira intensa no couro cabeludo. Essa coceira ocorre devido à saliva do piolho, que é liberada durante a picada para se alimentar do sangue. As escoriações, que podem se manifestar no couro cabeludo, pescoço e na pele atrás das orelhas, geralmente são resultado do ato constante de coçar.
É importante ressaltar que, muitas vezes, as pessoas com piolhos podem não apresentar sintomas imediatos, especialmente em casos de primeira infestação ou quando a infestação é leve. A coceira pode demorar de quatro a seis semanas para aparecer em uma primeira infestação, devido à necessidade de sensibilização alérgica.
Outros sintomas associados podem incluir:
🔹 Sensação de cócegas ou de algo se movendo nos cabelos.
🔹 Irritabilidade e dificuldade para dormir (insônia).
🔹 Feridas no couro cabeludo causadas pela coceira intensa. Essas lesões podem, em alguns casos, ser contaminadas por bactérias normalmente presentes na pele, levando a infecções secundárias.
É relevante observar que as lêndeas, ou ovos de piolhos, que se encontram a mais de 1 cm do couro cabeludo geralmente não são viáveis, ou seja, dificilmente irão eclodir.
Múltiplas escoriações e crostas na região posterior do pescoço em um paciente com pediculose capitis
Fonte: Up to Date, 2024
Ao contrário do que muitas pessoas acreditam, a infestação e a proliferação de piolhos não estão necessariamente relacionadas à falta de higiene. Esses ectoparasitas se espalham por meio da transmissão de uma pessoa para outra, e a suscetibilidade individual desempenha um papel importante na infestação.
Os piolhos possuem comportamento específico: eles não pulam nem saltam. Sua movimentação é feita por rastejamento rápido e eles têm aversão à luz, preferindo locais escuros.
🤚 Contato direto:
A principal forma de transmissão é o contato direto entre os cabelos de pessoas infestadas, sendo o cenário mais comum o contato próximo, como ao compartilhar momentos de brincadeiras ou abraços.
🤚 Contato indireto:
A transmissão indireta, que ocorre pelo compartilhamento de pertences pessoais como pentes, escovas, chapéus e capacetes esportivos, é possível, mas muito menos comum.
❌ Não ocorre a transmissão:
É importante destacar que os piolhos são parasitas específicos dos seres humanos e não são transmitidos entre humanos e animais de estimação.
Os níveis de cloro utilizados em piscinas, banheiras de hidromassagem e parques aquáticos não são suficientes para matar os piolhos e esses parasitas conseguem sobreviver submersos por várias horas, ou seja, são resistentes à imersão em água sem efeitos deletérios óbvios sobre os movimentos e a sobrevivência. No entanto, a transmissão de piolhos em piscinas é considerada improvável. Mesmo em um ambiente aquático, os piolhos tendem a se agarrar firmemente aos fios de cabelo e raramente se soltam para infestar outras pessoas.
🔸 COMPLICAÇÕES RELACIONADAS A INFESTAÇÃO POR PIOLHOS
A pediculose pode gerar coceira intensa, que, por sua vez, leva ao surgimento de feridas na pele. Essas feridas podem se tornar uma porta de entrada para infecções secundárias causadas por bactérias e fungos.
De acordo com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), a presença de piolhos ou lêndeas não deve ser motivo para exclusão escolar. A pediculose é uma condição que pode persistir por semanas antes de ser notada, e a presença de lêndeas nem sempre indica uma infestação ativa. Por esse motivo, a abordagem educativa é essencial para garantir que as crianças compreendam a importância de evitar contato direto entre cabeças e que o tratamento seja iniciado prontamente, utilizando pediculicidas tópicos ou realizando a penteação úmida para remoção manual.
O estudante identificado com piolhos pode permanecer na escola até o final do turno e iniciar o tratamento em casa, retornando às aulas após o início da terapia. Essa abordagem evita interrupções desnecessárias na educação e minimiza o estigma associado à pediculose.
A prevenção e o controle de surtos exigem a implementação de medidas educativas e preventivas abrangentes. A avaliação de educadores e estudantes que tiveram contato próximo com a pessoa infestada é uma ação proativa para identificar novos casos de forma precoce. Além disso, a disponibilização de ganchos ou armários individuais para armazenar pertences pessoais, como bonés e casacos, contribui para a redução da disseminação dos piolhos, consulte outras medidas de prevenção em "O QUE A FAMÍLIA E A ESCOLA PODE FAZER".
O afastamento de estudantes da escola em decorrência de infestação por piolhos é uma medida que se justifica apenas quando há evidência de ausência de tratamento adequado ou em contextos de vulnerabilidade social. Em tais situações, é crucial que haja um diálogo construtivo com os familiares para entender as providências que estão sendo tomadas ou as dificuldades encontradas para acessar o tratamento necessário. Além disso, é importante que a gestão escolar estabeleça parcerias com os serviços de saúde para oferecer suporte e facilitar o acesso às famílias que possam estar enfrentando barreiras no combate à infestação. Esta abordagem colaborativa e sensível reforça o compromisso com a saúde pública, ao mesmo tempo que minimiza o impacto na trajetória educacional do estudante.
O tratamento para piolhos é indicado para controlar e eliminar a infestação. Em geral, os tratamentos tópicos são a primeira escolha, devido à sua eficácia comprovada. A remoção manual, por meio da técnica de pentear os cabelos molhados, pode ser uma alternativa terapia pediculicida tópica. Em casos de infestação persistente e resistentes aos tratamentos tópicos, pode ser necessária a administração de medicamentos orais.
Independentemente da abordagem escolhida, é fundamental confirmar a presença de piolhos vivos antes de iniciar o tratamento. Pessoas que apresentam apenas lêndeas sem a presença de ninfas ou piolhos adultos, especialmente se as lêndeas estiverem localizadas a mais de 1 cm do couro cabeludo, provavelmente não possuem uma infestação ativa. Nesses casos, o tratamento não é necessário.
🔸 DIMETICONA TÓPICA
A dimeticona é amplamente utilizada como tratamento para piolhos, destacando-se por suas propriedades emolientes e pela abordagem inovadora no combate à pediculose. Esse composto de silicone, disponível em diferentes formulações, não é um pesticida, o que contribui para um perfil de segurança mais favorável, especialmente em aplicações pediátricas. Seu mecanismo de ação baseia-se na formação de uma camada que envolve os piolhos, interferindo em sua capacidade de regular a água, o que leva à morte dos parasitas.
Estudos realizados no Reino Unido demonstraram a eficácia da dimeticona em diferentes concentrações e formas de administração. Uma pesquisa envolvendo a aplicação de loção de dimeticona a 4% (formulada com silicone linear de cadeia longa em uma base de silicone volátil) mostrou que, em dois tratamentos de 8 horas realizados com uma semana de intervalo, houve uma taxa de erradicação de piolhos em 69% dos participantes.
Outro estudo focou na eficácia de uma única aplicação de gel de dimeticona a 100%, testado em um grupo de 58 crianças com idades entre 3 e 12 anos. Os resultados foram promissores, indicando que 96% das crianças estavam livres de piolhos vivos após 14 dias da aplicação, destacando a potência dessa formulação em situações de tratamento único.
A dimeticona tem se tornado uma escolha preferencial para o tratamento da pediculose na Europa, devido à sua eficácia comprovada e à ausência de substâncias pesticidas em sua composição.
Confira um vídeo do Pediatra Daniel Becker sobre o uso da dimeticona para o tratamento dos pilhos, acesse aqui.
🔸 PENTES ELETRÔNICOS
Há pentes eletrônicos para piolhos, como o MagiComb, que funcionam a bateria e possuem dentes oscilantes, prometendo remover tanto piolhos quanto lêndeas. Além disso, existem pentes semelhantes a pequenos dispositivos eletrônicos de controle de insetos, como o Robi-Comb, que afirmam ser capazes de matar piolhos vivos durante o uso.
No entanto, até o momento, não foram realizados estudos clínicos randomizados e controlados para avaliar a eficácia de nenhum desses dispositivos. É importante ressaltar que as instruções de uso desses pentes contêm alertas específicos, indicando que não devem ser utilizados por pessoas com transtornos convulsivos ou que possuem marcapassos.
🔸 SE HOUVER FALHA NO TRAMENTO CONTRA PIOLHOS
Em caso de falhas no tratamento de pediculose, uma avaliação criteriosa é fundamental para identificar a causa e definir os próximos passos. Considera-se falha quando piolhos vivos são encontrados até 3 semanas após a finalização do tratamento. Se essa falha não for decorrente do uso inadequado de pediculicidas de venda livre, recomenda-se repetir um ciclo completo com um medicamento tópico de uma classe diferente.
Entre as causas mais frequentes de falha no tratamento estão a adesão inadequada ao protocolo recomendado, a aplicação incorreta do produto e o contato constante com indivíduos infestados. Caso não haja resposta a um tratamento tópico inicial é recomendada a substituição por um pediculicida tópico alternativo que não tenha histórico de resistência local.
Nos casos em que os piolhos apresentam resistência a todos os agentes tópicos, a ivermectina oral pode ser considerada uma solução eficaz, desde que administrada apenas em crianças com peso superior a 15 kg. Este fármaco, comumente usado como anti-helmíntico, age aumentando a permeabilidade das células musculares dos parasitas ao íon cloreto, causando hiperpolarização, paralisia e morte dos piolhos.
🏠 O QUE A FAMÍLIA PODE FAZER?
☑️ Confirmação Antes do Tratamento
Pequenas lêndeas são mais fáceis de detectar na nuca ou atrás das orelhas, a menos de 1 cm do couro cabeludo.
Não confundir lêndeas, que estão firmemente fixadas na haste do cabelo, com caspa ou outros detritos. Também é fundamental diferenciar de condições como piedra, uma infecção fúngica que afeta o couro cabeludo. Inicie o tratamento com shampoos recomendados somente quando tiver certeza da existência de piolhos. Muitas pessoas confundem ovos de lêndeas com caspa, areia ou poluição, o que pode expor desnecessariamente indivíduos a fármacos.
☑️ Escolha do Tratamento
O tratamento deve ser livre de produtos tóxicos, de fácil acesso, baixo custo, eficiente e fácil de aplicar. Alguns especialistas sugerem o uso de um lubrificante como um condicionador para retardar o movimento dos piolhos, facilitando sua remoção. A remoção manual das lêndeas é essencial, pois nenhum pediculicida é 100% ovicida.
Focar na remoção das lêndeas especialmente dentro de 1 cm do couro cabeludo.
☑️ Verificação dos Membros da Família
Todos os membros da família devem ser verificados quanto à presença de piolhos. É prudente tratar aqueles que compartilham a cama com a pessoa infestada, mesmo que nenhum piolho vivo seja encontrado.
☑️ Limpeza de Itens Pessoais e Ambiente
Apenas itens que estiveram em contato com a cabeça da pessoa infestada nos últimos 2 dias antes do tratamento precisam ser limpos. Esses itens incluem roupas, brinquedos de pelúcia, chapéus, móveis, carpetes e tapetes.
Para limpeza dos itens utilize a aspiração de móveis, carpetes, assentos de carro e outros tecidos para remover cabelos com lêndeas viáveis. Embale em plástico por 2 semanas itens que não podem ser lavados. Esse período é suficiente para que quaisquer lêndeas sobreviventes eclodam e as ninfas morram sem uma fonte de alimentação.
☑️ Acompanhamento Pós-Tratamento
Acompanhe de perto os indivíduos nas próximas 3 semanas, o que corresponde ao ciclo de vida do piolho. Pode ser necessário repetir o tratamento em cerca de 1 semana para garantir a eliminação total de piolhos e lêndeas.
☑️ Como realizar o tratamento:
🔸 Antes de aplicar o medicamento, retire as roupas que podem ficar molhadas ou manchadas.
🔸 Siga as instruções para aplicar o medicamento, preste atenção especial ao tempo de permanência no cabelo e ao método de lavagem.
🔸 Peça para a pessoa infestada vestir roupas limpas após o tratamento.
🔸 Se notar piolhos ainda se movendo lentamente 8 a 12 horas após o tratamento, não é necessário reaplicar o medicamento imediatamente. Utilize um pente fino para remover piolhos mortos ou vivos restantes.
🔸 Pentear o cabelo pelo menos duas vezes ao dia com pente fino. Cada sessão deve durar de 15 a 30 minutos, dependendo do comprimento e espessura do cabelo.
🔸 Mergulhe o pente em água quente por pelo menos 15 minutos após o uso.
🔸 Para reduzir a exposição da pele aos pediculicidas tópicos utilizados no tratamento de piolhos, é recomendável enxaguar o cabelo sobre uma pia, ao invés de usar o chuveiro. Esse cuidado ajuda a limitar o contato do produto com a pele. Além disso, é aconselhável usar água morna, não quente. A água quente pode provocar vasodilatação, aumentando a absorção do medicamento pela pele, o que pode levar a efeitos indesejados.
🔸 Não use quantidades extras de medicamentos ou receitas caseiras contra piolhos.
🔸 Mantenha todos os medicamentos longe dos olhos. Se ocorrer contato, lave imediatamente com água abundante.
🔸 Não use medicamentos diferentes contra piolhos ao mesmo tempo.
🔸 Não trate a pessoa infestada mais de 2 a 3 vezes com o mesmo medicamento se não houver sucesso, consulte um profissional de saúde.
☑️ Prevenção e Educação
🔸 Ensine as crianças a evitarem contato cabelo com cabelo durante brincadeiras.
🔸 Não compartilhar objetos pessoais como roupas, chapéus, fitas de cabelo, presilhas, cachecóis, casacos ou uniformes esportivos, pentes, escovas ou toalhas.
🔸 Durante o tratamento, mantenha o cabelo do estudante preso no ambiente escolar.
🔸 Após 2 a 3 semanas, certifique-se de que todos os piolhos e lêndeas desapareceram.
🔸 Lave e passe com ferro quente as roupas de cama e banho usadas pelo estudante.
🔸 Troque diariamente as roupas de banho e cama até solucionar o problema.
🔸 É fundamental informar a escola sempre que o estudante apresentar piolhos. Assim, todos podem ser tratados simultaneamente, interrompendo o ciclo de recontaminação.
🔸 Embora produtos naturais, como sprays repelentes para piolhos à base de óleos essenciais, sejam amplamente utilizados, atualmente não há evidências científicas suficientes sobre sua eficácia e segurança. Por esse motivo, o uso dessas substâncias deve ser evitado em crianças, bebês e adolescentes, até que dados mais robustos e estudos clínicos estejam disponíveis para apoiar sua aplicação com segurança e eficácia (referencias a, b, e c)
👉 Orienta os responsáveis das turmas com casos de piolhos (com discrição) a acompanhar de perto os estudantes nas próximas 3 semanas, o que corresponde ao ciclo de vida do piolho.
👉 Incentiva os responsáveis a buscarem orientação médica para determinar as opções de tratamento adequadas.
👉 Orienta o não compartilhamento de itens de uso pessoal, como escovas de cabelo, durante a prestação de cuidados pedagógicos.
👉 Garante que estudantes afetados sejam acolhidos com respeito e suporte, evitando situações de isolamento ou constrangimento.⠀
👉 Educa as crianças sobre a importância de utilizar seus próprios objetos e evitar compartilhar itens pessoais como escovas, pentes e acessórios para cabelo.
👉 Informa a equipe escolar sobre os aspectos da infestação por piolhos, incluindo a desmitificação das formas de transmissão.
👉 Instrui os familiares sobre a urgência de iniciar o tratamento prescrito pelo pediatra para que o estudante possa continuar frequentando a escola normalmente.
👉 Realiza busca ativa de colaboradores e estudantes que tiveram contato direto com indivíduos infestados.
👉 Esclarece que os piolhos não representam um risco à saúde, nem indicam falta de higiene, e que não são vetores de doenças.
👉 Intensifica as medidas de limpeza em espaços com carpetes e tapetes, focando na aspiração destas áreas.
👉 Envia diariamente roupas de banho e cama dos estudantes para que os responsáveis realizem a higienização.
👉 Recolhe pelúcias para higienização ou armazenamento em sacos plásticos por dois a três dias.
👉 Desenvolve estratégias para minimizar o contato direto entre os cabelos dos estudantes.
👉 Comunica às autoridades de saúde, como a UBS, quando 2 ou mais casos são confirmados na mesma turma e monitora o número de casos para controle da disseminação.
👉 Compartilha informações seguras sobre os mitos e verdades relacionadas aos piolhos como o cartaz da Fiocruz.
Mitos e verdades sobre os pilhos
Fonte: Fiocruz
Essas medidas visam garantir um ambiente escolar mais seguro e confortável, preservando a saúde e bem-estar de toda a comunidade escolar
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